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Por Elsa Oliveira Vereadora

Quem abriu algum site de notícias entre os dias 9 e 10 de maio se deparou com a informação de que homens, uns falam em quatro, outros falam em seis, foram presos suspeitos de cometer abusos sexuais dentro de abrigos na região metropolitana de Porto Alegre destinados às vítimas da tragédia que atinge o Rio Grande do Sul.

Essas vítimas são todas menores de 18 anos e são familiares dos suspeitos. Segundo o secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, verificou-se que elas já sofriam abusos sexuais no ambiente doméstico e as ações criminosas foram reiteradas dentro dos abrigos. Há também relato de homens se masturbando em Canoas na frente de mulheres adultas e crianças.

Os casos foram levados à ministra Cida Gonçalves, que prometeu uma visita ao estado e a criação de um protocolo com recorte de gênero, ou seja, que leve em conta as necessidades de meninas e mulheres no meio dessa tragédia.

Essas poucas linhas aí em cima são fatos. Mas precisamos parar um minuto para a reflexão. Quando nós, humanos, deixamos a humanidade de lado? Quem com o mínimo de caráter tem sequer coragem de pensar na possibilidade de situações, como essas, acontecerem, muito menos de se concretizarem? Com qual nome ou diagnóstico a gente define quem são e qual patologia essas pessoas têm?

Claro que são criminosos, sem dúvida. Mas estupro e importunação sexual em um cenário de tragédia, num ambiente já tão devastado, em abrigos já tão vulneráveis, deveriam ter uma classificação que está acima do crime, se é que é possível, porque isso é mais do que hediondo, apesar de não ser novidade, já que apesar de raros, temos alguns registros de necrofilia no Brasil. Nós não estamos seguras nem no caixão!

Toda violência contra a mulher e contra a criança é repugnante, mas no caso do Sul, agrava-se diante da vulnerabilidade de quem está ali, abrigado, sem uma porta pra trancar, um telefone pra pedir ajuda. Não há nem onde denunciar nesse momento em que as forças de segurança estão focadas em entender até como chegar a locais ilhados e sem acesso ao mínimo necessário para a sobrevivência humana, que é a água potável.

Em meio a esse caos, ainda há os saques, os casos de vandalismo, as invasões, o abuso dos comerciantes que elevaram os preços do que vendem, claramente tirando proveito da tragédia, os roubos a barcos e tantos outros absurdos que vão aparecendo nos noticiários.

E isso não é problema lá do pessoal dos direitos humanos. *O pessoal dos direitos humanos não deveria ser todos nós?*

A postagem O triste caso da humanidade que deu errado apareceu primeiro em Jornal Digital da Região Oeste.

Por Elsa Oliveira Vereadora

Quem abriu algum site de notícias entre os dias 9 e 10 de maio se deparou com a informação de que homens, uns falam em quatro, outros falam em seis, foram presos suspeitos de cometer abusos sexuais dentro de abrigos na região metropolitana de Porto Alegre destinados às vítimas da tragédia que atinge o Rio Grande do Sul.

Essas vítimas são todas menores de 18 anos e são familiares dos suspeitos. Segundo o secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, verificou-se que elas já sofriam abusos sexuais no ambiente doméstico e as ações criminosas foram reiteradas dentro dos abrigos. Há também relato de homens se masturbando em Canoas na frente de mulheres adultas e crianças.

Os casos foram levados à ministra Cida Gonçalves, que prometeu uma visita ao estado e a criação de um protocolo com recorte de gênero, ou seja, que leve em conta as necessidades de meninas e mulheres no meio dessa tragédia.

Essas poucas linhas aí em cima são fatos. Mas precisamos parar um minuto para a reflexão. Quando nós, humanos, deixamos a humanidade de lado? Quem com o mínimo de caráter tem sequer coragem de pensar na possibilidade de situações, como essas, acontecerem, muito menos de se concretizarem? Com qual nome ou diagnóstico a gente define quem são e qual patologia essas pessoas têm?

Claro que são criminosos, sem dúvida. Mas estupro e importunação sexual em um cenário de tragédia, num ambiente já tão devastado, em abrigos já tão vulneráveis, deveriam ter uma classificação que está acima do crime, se é que é possível, porque isso é mais do que hediondo, apesar de não ser novidade, já que apesar de raros, temos alguns registros de necrofilia no Brasil. Nós não estamos seguras nem no caixão!

Toda violência contra a mulher e contra a criança é repugnante, mas no caso do Sul, agrava-se diante da vulnerabilidade de quem está ali, abrigado, sem uma porta pra trancar, um telefone pra pedir ajuda. Não há nem onde denunciar nesse momento em que as forças de segurança estão focadas em entender até como chegar a locais ilhados e sem acesso ao mínimo necessário para a sobrevivência humana, que é a água potável.

Em meio a esse caos, ainda há os saques, os casos de vandalismo, as invasões, o abuso dos comerciantes que elevaram os preços do que vendem, claramente tirando proveito da tragédia, os roubos a barcos e tantos outros absurdos que vão aparecendo nos noticiários.

E isso não é problema lá do pessoal dos direitos humanos. *O pessoal dos direitos humanos não deveria ser todos nós?*

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